PROGRAMAÇÃO
TERÇA ABERTA 2022
Foto de Allana Dahan
Foto de Ian Maenfeld
Foto de Allana Dahan
OUTUBRO
DIA 25/10 - 19H
TERÇA ABERTA CONVIDA:
Gabriela Alcofra, Katia Rozato, Mariana Taques.
Kasulo Espaço de Arte
R. Souza Lima, 300 - Barra Funda
ingressos gratuitos
MEDIAÇÃO: Janaína Leite e Vanessa Macedo
Saudade de quando a carne era corpo
Gabriela Alcofra
Saudade de quando a carne era corpo é um solo de dança-teatro, realizado por Gabriela Alcofra, em parceria com Daniel Conti. Seu universo temático aborda as violências contra a mulher, em uma perspectiva histórica, olhando para os inúmeros abusos e assédios realizados contra elas ao longo dos tempos, em ambientes familiares e sociais. Gabriela busca trazer passado, presente e futuro, encarnada em uma mulher que olha para traumas (recentes e históricos), marcados na pele. Utiliza a pele e as palavras como motes de criação de sua movimentação. Buscando um caminho não-explícito dos abusos, o solo aborda a fronteira entre memórias, realidade e ficção, para falar tanto das narrativas construídas sobre uma mulher, como quanto a ficção como estratégia de sobrevivência para reconstruir um passado traumático. A criação, ainda em processo, é pautada na experimentação do recurso de audiodescrição como caminho de composição dramatúrgica que se desdobra em roteiro, rubrica, imagens, poesia e trilha sonora.
duração: 20 min
MINIBIO
Gabriela Alcofra é doutora e mestra em Artes da Cena pela UNICAMP. Bacharel em dança pela Faculdade Angel Vianna. Artista independente, transita entre o universo da dança e do teatro, tangenciando a poesia como caminho de reflexão dramatúrgica. É docente do Mestrado Profissional em Artes da Cena pela Escola Superior de Artes Célia Helena, onde também atua como professora da graduação e do curso técnico profissionalizante. Foi professora dos cursos de dança e teatro da Universidade Anhembi Morumbi.
Fruto da Vida da Alma - Katia Rozato
duração: 15 min
Oração de quietude; Vacuidade; Desnudez.
Quando o fizer cega-me, mas acima de tudo o medo sob mim, sob as palavras, sob as mentiras. Perfeição de não mover-se mais, bem e tal resistência onde eu nunca durma; se assim fizer ficarei cega.
(trabalho em memória de minha irmã falecida em novembro de 2021).
MINIBIO
Natural de São Paulo (1978), formada em Artes Plásticas pela Academia Brasileira de Artes, pela Associação Internacional de Instrutores de Yoga Ananda Marga e diretora da CAHLO núcleo de dança; iniciou sua carreira como bailarina desde 1998 trabalhando com importantes coreógrafos do cenário da dança contemporânea como: Sandro Borelli na FAR 15 e Borelli Cia; Maurício de Oliveira na Cia Siameses; João Andreazzi na Cia Corpos Nômades; com os artistas Mirella Brandi e Muep Etmo;Desenvolveu seus trabalhos solos como intérprete e criadora em Minas Gerais: Ad Lib, Única Impressão e (Cem) Título; e trabalhos onde dirigiu e orientou: Permitindo a Luz, O Silêncio, Aminôna e Aletéia. Atualmente de volta à São Paulo é diretora da CAHLO núcleo de dança com o solo A Leveza de Um Homem Só o trabalho À Margem da Linha e Não Sopro.
Helena - Mariana Taques
duração: 27 min
HELENA é uma peça de dança interpretada pela bailarina Mariana Taques. Livremente inspirada na vida e obra da violeira sul-matogrossense Helena Meirelles, a obra apresenta-se como uma coreografia ficcional com pitadas de memórias que trazem como cenário o bioma do cerrado. Em cena, a dramaturgia do corpo de Taques remonta às imagens e histórias marcadas pela aridez do ambiente, por pés descalços na terra, árvores tortas, ciclos de vida-morte, por memórias das figuras femininas. Enlaçada em som e texturas, a obra parte dos princípios da improvisação em dança onde a relação sensação-imagem convida o espectador a descobrir novas paisagens na profundidade de si e de um Brasil interiorano. Mesclando ficção e memórias, Helena é um convite a explodir nostalgias.
MINIBIO
Mariana Taques trabalha como artista da dança, nasceu em 1987 na cidade de Vilhena- RO; hoje, reside e trabalha na cidade de São Paulo. trabalha como intérprete criadora no grupo de dança Silenciosas + GT'aime, dirigidas por Diogo Granato. É contatista- intérprete do Núcleo Improvisação em Contato desde 2019, dirigido por Ricardo Neves; colabora como performer no Núcleo Cinematográfico de dança, dirigido por Maristela Estrela e Mariana Sucupira desde 2017. Compõe a Plataforma Bóia dirigida por Ilana Elkis desde 2019. Hoje, junto com a bailarina Manuela Aranguibel e a musicista e atriz Natália Nery, criam a obra Helena onde investiga as diferentes possibilidades narrativas, aprofundando-se na dramaturgia do corpo em movimento.
Foto de Leandro Azevedo
Foto de Leandro Azevedo
SETEMBRO
DIA 27/09 - 19H
TERÇA ABERTA CONVIDA:
Cassiano Fraga, Lucas Guilherme e Thais Ponzoni.
Kasulo Espaço de Arte
R. Souza Lima, 300 - Barra Funda
ingressos gratuitos
MEDIAÇÃO: Janaína Leite e Vanessa Macedo
LETI - Capítulo 2: A Fome - Cassiano Fraga
É o segundo de três capítulos que estão sendo elaborados para o espetáculo em construção "Leti". Na peça, fantasia e realidade se fundem para, a partir de um mergulho autoficcional, contar a história de um desejo e suas cicatrizes. “Leti” é um quadro composto de fragmentos de sonhos, desejos e memórias, para ao pintar a beleza da libido humana, evidenciar o preconceito e denunciar a homofobia.
duração: 25 min
MINIBIO
Ator e pesquisador das artes da cena. Atualmente, desenvolve sua pesquisa de doutoramento no Instituto de Artes da UNESP sobre possíveis aproximações entre a perspectiva decolonial, o movimento LGBTQI+ e as narrativas autoficcionais nas artes cênicas. É cofundador do Gana Coletiva e artista colaborador do Santa Víscera Teatro. Trabalha também como professor de canto e produtor de eventos.
Qualé m(eu) selfie - Lucas Guilherme
A partir de investigações da comicidade dentro do campo da performance e do teatro performativo, "Qualé m(eu) selfie" propõe uma experiência entre linguagens. Utilizando relatos verdadeiros e auto-ficção, o performer propõe questionamentos e desabafos pessoais sobre o "eu artista" e questões referentes à sua saúde mental. Através da criação de uma atmosfera de humor indigesto, que reflete problemas psico-sociais enfrentados por cada vez mais pessoas nos dias de hoje, o público será convidado a se questionar sobre os limites entre ficção e realidade na cena que está sendo apresentada.
duração: 20 min
MINIBIO
Lucas Guilherme Sollar é ator, palhaço e diretor. Nascido em Boituva (SP) iniciou seus estudos nas artes do palco no teatro amador com o grupo Teorema, coletivo que pesquisava as obras e metodologias de Augusto Boal. Anos mais tarde estudou no Conservatório Dramático e Musical de Tatuí e ao concluir o curso migrou para São Paulo onde deu início a Formação para Palhaços Jovens dos Doutores da Alegria. Dessa jornada surge o Lona de Quebrada, projeto onde em parceria com Paloma Pedroso exerce a figura do palhaço no interior e nas periferias de São Paulo. Atualmente é diretor na Cia. Quase Poética de Teatros, grupo que
investiga a comicidade na performance e narratividade. Além disso, cursa Direção Teatral na SP Escola de Teatro e é professor na EDA - Escola de desenvolvimento artístico.
Bailarina Fulêra - Thais Ponzoni
A caixinha de música e a dança: imagens em torno da figura da bailarina são construídas pela artista Thais Ponzoni que utiliza uma barra de balé para realizar uma cena com movimentos de instabilidade, resistência e deslocamento. Pastiches, paródias e delírios surgem da narrativa sonora e de movimentos corporais que relembram alguns treinamentos de técnicas de dança no intuito de brincar com um imaginário específico de dança.
duração: 20 min
MINIBIO
Thais Ponzoni desenvolve sua pesquisa a partir das relações entre dança e artes visuais, expandindo asfronteiras do que é considerado uma obra coreográfica. Participa do dueto Díade, de dança e música, com o artista sonoro Romulo Alexis e integra o Coletivo Fiat Lux de Cinema Experimental. É produtora e pesquisadora das performances: Gancho, Bailarina Fulera, Enxerto Custom e Afrodite Caótica.
AGOSTO
DIA 23/08 - 19H
TERÇA ABERTA CONVIDA:
Camila Venturelli, Julia Teles e Giovanna Paiva.
Kasulo Espaço de Arte
R. Souza Lima, 300 - Barra Funda
ingressos gratuitos
MEDIAÇÃO: Janaína Leite e Vanessa Macedo
Éter - Camila Venturelli e Julia Teles
Partindo de repertórios de práticas distintas - a dança e a prática musical - “éter” nasce de uma investigação acerca dos gestos e suas possibilidades compositivas no encontro entre as duas linguagens. Usando o instrumento eletrônico theremin, que permite interação via campo eletromagnético (e "no ar", sem tato), as performers experimentam os gestos no entorno do instrumento, estabelecendo relações que, em diversos momentos, se tornam audíveis. Os gestos gerados perpassam o imaginário do invisível e borram as fronteiras entre o gesto dançado, o gesto sonoro e o gesto cotidiano.
duração: 20 min
MINIBIO
Camila Venturelli é bailarina, coreógrafa, pesquisadora e professora de dança. Mestre em Artes Cênicas (ECA-USP), bacharel em Comunicação das Artes do Corpo (PUC-SP). Dirige o Laboratório de Manuseio Coreográfico, plataforma de pesquisa e criação sobre o gesto e composição coreográfica. Julia Teles é compositora, técnica de som e thereminista. Mestranda em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUC-SP), Bacharela em Música -Composição Eletroacústica(UNESP), pós-graduada em Música e Imagem (FASM). Toca theremin, instrumento controlado através de duas antenas de metal, que oscilam a frequência e amplitude sonora conforme a posição das mãos.
Chá de bebê - Giovana Paiva
Este é o Chá de Bebê: um encontro físico do corpo que não pode e não quer ter filhos com a vulgaridade de um evento comum às gestantes. É uma reflexão pessoal e, com sorte ou azar, de uma multidão. Uma feminista que cresceu com um paradigma de corpo, sexo e sexualidade divergente dos seus pais projeta sua família? Este “Chá de Bebê” reúne aspectos melancólicos de uma realidade imaginada, alguma nostalgia dos registros em vídeo da infância, somado a uma absurdidade típica do universo familiar-infantil.
duração: 30 min
MINIBIO
Giovanna Paiva é atriz, performer e pesquisadora. Pesquisa a experiência do real no teatro contemporâneo e medieval com mestrado em andamento pelo Instituto de Artes da UNESP com apoio da CAPES. Seus trabalhos habitam os espaços entre o teatro, a performance e o happening, fazendo uso de materiais autobiográficos e autoficcionais. Como artista desenvolve trabalhos em núcleos de pesquisa e grupos de teatro independente da Cidade de São Paulo com ênfase na linguagem performativa e na matéria do real como dispositivo de criação.
Foto de Lucas Mayor
JULHO
DIA 26/07 - 19H
TERÇA ABERTA CONVIDA:
Sofia Maruci e Priscilla Kruger
Kasulo Espaço de Arte
R. Souza Lima, 300 - Barra Funda
ingressos gratuitos
MEDIAÇÃO: Janaína Leite e Vanessa Macedo
MONSTRO - tenho sonhado com homens - Sofia Maruci
Perseguições, assassinatos, decapitações e muito sangue: há alguns anos, a atriz dessa peça é atormentada por sonhos horríveis envolvendo essas cenas de violência. Em “MONSTRO - tenho sonhado com homens”, o público testemunha a sua tentativa de elaborar corporalmente essas experiências aterradoras, fazendo uso de imagens do universo do horror. Assim, mimetizando gestos, expressões e movimentos de uma série de cenas de filmes, e alternando entre a figura do monstro e das personagens femininas representadas, ela busca compreender qual o seu papel nesses pesadelos sanguinolentos, permitindo que seu corpo seja possuído e desconjuntado por esses signos horroríficos.
duração: 25 min
MINIBIO
Sofia Maruci tem 27 anos e é atriz de São Paulo. Formou-se em Artes Cênicas pela ECA - USP e integrou o Núcleo Experimental do SESI - SP. Desenvolve uma pesquisa artística sobre o universo do horror, tendo como foco a relação entre as personagens femininas e os monstros em filmes do gênero. Em 2020, realizou a vídeo-aula "Projeto Monstruoso: uma reflexão sobre as estruturas do gênero do horror", pelo Proac Expresso Lab 42. Realizou oficinas com Janaína Leite e Carolina Bianchi, e os cursos";Horror e Monstruosidade Feminina", com Rafaela Germano, “Caixa de sonoplastia para trilhas de horror”, com Marcelo Muniz, e “Trajetória do Horror no Cinema Brasileiro”, com Carlos Primati, curador da Mostra MacaBRO, do CCBB. Integra desde 2017 o Coletivo Karenin, contemplado em 2018 pelo Proac Primeiras Obras com o projeto & "Na terceira pedra depois do Sol" e em 2021 pelo Proac Espetáculo Inédito com '"Sifuhodjib - e outras perguntas para inventar um idioma".
Declaro que li e concordo - Priscilla Kruger
Em um diálogo com a assistente virtual, Júlia percebe que o sistema de seu banco é capaz de detalhar cada passo de seu passado e prever suas decisões futuras. Uma figura mascarada se vê diante dos dilemas de educar uma criança em um contexto permeado pelas relações virtuais. Um grupo de apoio a pessoas solitárias no WhatsApp é a forma que Júlia encontra para se relacionar com o mundo ,nesse caso, com o público, que participa da cena por mensagens instantâneas. O celular é como um espelho na gaiola de um pássaro.
duração: 30 min
MINIBIO
Graduanda do curso de Arte-Teatro da UNESP e aprendiz de Atuação na SP Escola de Teatro. Desenvolve pesquisa em Teatro de Formas Animadas desde 2019. Construiu a caixa de teatro lambe-lambe “É aqui a entrega?”, cujo tema é a "uberização" do trabalho. Integrou a direção coletiva do espetáculo “Violeta” que aborda o tema do envelhecimento da mulher.
MAIO
DIA 24/05 - 19H
TERÇA ABERTA CONVIDA:
Juarez Moniz, Ricardo Aparecido Silva e Rubia Braga
Kasulo Espaço de Arte
R. Souza Lima, 300 - Barra Funda
ingressos gratuitos
MEDIAÇÃO: Janaína Leite e Vanessa Macedo
Epístola - Juarez Moniz
Epístola é uma carta aberta coreográfica. Um protesto poético, que reflete acerca das formas de opressão fascista que o Brasil foi afundado desde o golpe de 2016. Esta pesquisa nasce da indignação causada pela censura explícita às obras de arte e aos artistas brasileiros.
duração: 20 min
MINIBIO
Juarez Moniz, 35 anos. Artista da dança, natural da cidade de Natal/RN, residente em São Paulo/SP. Compôs o elenco da Cia de Dança do Teatro Alberto Maranhão, sob direção de Wanie Rose, de 2007 a 2021. Participou e compôs o elenco de dois processos coreográficos com o Clébio Oliveira (Rio Cor de Rosa – 2010 e Inverno dos Cavalos – 2017) e de uma remontagem do trabalho coreográfico, Tia Robenize – 2014. Participou de montagens coreográficas com nomes como: Edson Claro, Mário Nascimento, Clébio Oliveira, Airton Tenório, Marcelo Pereira, Carla Martins, Cosme Gregory, Sávio de Luna. Desenvolveu trabalhos coreográficos, como: Eu, Vós e Ele (2010), Gonzagando (2012), O Quebra-Nozes versão contemporânea (2013), Carmina Burana (2014), Andara (2016). Graduado em Dança pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN (2013) e Mestre em Artes Cênicas pelo Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas da UFRN (2016), sob orientação da Professora Doutora Patrícia Garcia Leal. Desenvolveu pesquisa na área da dança com o título, “O Artista-Docente: a lentidão como escolha processual em dança”, pesquisando a zona espaço-temporal do entre e a potência cênica da pausa. Foi Professor Substituto do Curso de Graduação em Dança da UFRN (2015.2), ministrando os componentes: Corpo e Espaço, Conscientização Corporal e Laboratório de Composição Coreográfica. Foi Professor Temporário da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, atuando no projeto de extensão em artes, EdUCA – Escola de Extensão da UERN Natal. Como artista independente iniciou o processo de pesquisa do seu primeiro trabalho solo em 2018, intitulado “Epístola”. A vídeodança deste processo inicial foi contemplada na Muestra de Vídeo Manifesto, em 2019 na Colômbia. Após uma pausa, retomou a pesquisa em 2021. Foi contemplado pelo Edital Glorinha Oliveiro, Lei Aldir Blanc, para a produção de um documentário acerca de sua vida artística (2022). Atualmente é professor no Ballet Paraisópolis (SP).
Reforma - Ricardo Aparecido Silva
Num espaço vazio, um corpo pontua gestos e camadas de movimento num processo de mudanças e descontinuidades. O ambiente ganha contornos de montagem e desmontagem sugerindo a atmosfera de uma instalação reconfigurando caminhos e assuntos corporais. Novas perspectivas e pontos de vista se abrem na relação do mover e do falar em que a linha dramatúrgica estabelece como força da composição o acaso, o momento e o jogo.
duração: 20 min
MINIBIO
Intérprete-criador, coreógrafo, capoeirista, co-fundador da Cia ID´Artê e do espaço cultural Burkadaguti. Graduando Pedagogia, trabalha como professor de Capoeira Angola para adultos, jovens e crianças. Integrante do Núcleo Improvisação em Contato. Ministrou a oficina da Técnica à Poética, onde mescla seus estudos sobre a Capoeira Angola e a Dança Contemporânea, no Chile e em São Paulo. Integrou o Teatro Dodecafônico onde pesquisa performances e intervenções do corpo na cidade.
Fugaz (ou sobre aquilo que me escapa)
- Rubia Braga
Fugaz (ou sobre aquilo que me escapa) é um trabalho em processo que investiga o corpo em movimento como um eterno contínuo a engendrar uma dança sempre inacabada, sempre em curso, provisória. Coreografias fraturadas forjando uma sucessão emaranhada e labiríntica. Cortes e rupturas. Desacontecimentos. Fendas na consciência onde a verdade é essa coisa que me escapa.
duração: 20 min
MINIBIO
Artista da dança. No seu fazer artístico, busca explorar um corpo crítico, que tem no movimento um caminho de autonomia e emancipação. Bacharel em Comunicação das Artes do Corpo pela PUC-SP. Criou os solos de dança Zona Provisória e Frestas. Há cerca de dez anos integra o núcleo Vera Sala como bailarina convidada, colaborando na pesquisa e criação de diversos trabalhos.
Este projeto foi realizado com o apoio do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura.
Foto de João Pedro Ribeiro
Foto de João Pedro Ribeiro
ingressos gratuitos
ABRIL
DIA 26/04 - 19H
TERÇA ABERTA CONVIDA: Andrea Tedesco, Maria Emília Gomes e Nina Giovelli
Kasulo Espaço de Arte
R. Souza Lima, 300 - Barra Funda
MEDIAÇÃO: Janaína Leite e Vanessa Macedo
In memorian - Andrea Tedesco
“Como viver com os mortos, como viver com os animais?” A performance In Memorian parte destas perguntas que Preciado faz em “O Feminismo não é um Humanismo”, para experimentar jogos, leituras e cenas que se constroem e se dissolvem explorando a fragilidade e o fracasso como forma, lançando um olhar para modos de opressão que se relacionam e que têm em sua origem o binômio hierarquizado homem/animal. Somente uma parte do vídeo anexado integra a performance, não é um vídeo da performance.
duração: 20 min
MINIBIO
Atriz e arte-educadora. Desde 2019 desenvolve pesquisa na área da performance sobre especismo, estudo que, no ano de 2021, desenvolveu dentro do Grupo de Práticas Performativas do Cuidado com coordenação de Tania Alice, UNIRIO. Desde 2013 é colaboradora em intervenções e peças do OPOVOEMPÉ. Em 2020, fez a performance solo de sua autoria, Te Extraño!
ECO, OCO PRESO NO PEITO - Maria Emília Gomes
“Tenho um eco, oco preso no peito!” Eco que vibra as vísceras, grito encapsulado, oco vazio que não se escuta. Sou corpa ‘sem lugar’, presença em meio a tantas ausências. “Não me reconheço ‘aqui’, não pertenço?” Erguer a voz é dançar pelas frestas, ato necessário na pesquisa em processo, na qual, arte e vida estão intimamente ligadas. Pés na terra, erguer-se, seguir de pé...explodir o peito. Corpa que dança grito e manifesto, ritualiza a presença da mulher preta cujo corpo em performance ecoa, vibra, pulsa e ritualiza o instante. Eco, oco preso no peito move aquilo que tem consumido por dentro e que, no hoje, dói.
duração: 19 min
MINIBIO
MULHERPRETAcisbissexualArtista da Dança. Filha da ‘Dona Julita’ e do ‘Preto da Marieta'. Cria das rodas de capoeira e das brincadeiras de rua, começou sua formação em dança na cidade de Ouro Preto-MG e se profissionalizou como bailarina interprete pelo Balé Jovem do Palácio das Artes e como interprete-criadora pela Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa. É Licenciada em Dança pela UFMG e em Estudos Gerais: Artes e Culturas Comparadas pela Universidade de Lisboa. Atuou como bailarina da Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre/RS, bailarina-interprete-criadora do coletivo Mimese Cia de Dança Coisa, professora de Dança no Projeto Escola Preparatória de Dança – EDP da Prefeitura Municipal de Porto Alegre/RS e assistente de ensaio da Cia Jovem de Dança/RS.
Também atuou como professora curso Técnico de Dança no Programa Mediotec em São Caetano do Sul (SP) - FASCS e, atualmente, está professora nos cursos Prática de Dança e Agente Cultural no
programa FIC/FASCS. Atualmente está mestranda em Artes da Cena na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e pesquisa Práticas Pedagógicas Decoloniais e Antirracistas na Formação do Artista da Dança. Emília é interprete criadora e produtora na T.F. Style Cia deDança/SP e desde 2019 atua como professora e coordenadora artística no projeto piloto Ayodele Balé, escola de formação em dança para crianças negras e não negras de baixa renda na cidade de São Paulo.
Bocuda - Nina Giovelli
Bocuda é um programa performativo para falar primeiro e pensar depois, é ativação e também partilha de imaginários, uma tentativa de alimentar a ficção com questões reais; um pouco de passado, um pouco de futuro, uma composição entre realidade palpável, memórias e imaginação. Na performance a voz engaja o corpo e busca vibrar o espaço e os outros corpos; a dança é um sistema bruto de comunicação; há engajamento emocional e há uma busca de criar um espaço empático onde caibam questionamentos e pensamentos de mundo. Um concerto, uma fala muda, uma palestra, um encontro para pensar junto e ativar possibilidades, uma proposta para organizar-se de uma outra forma em uma outra lógica.
duração: 30 min
MINIBIO
Artista independente e educadora, pesquisa corpo e movimento tecendo conexões entre o sensorial, o motor e os imaginários do corpo. Graduada em Dança pela Unicamp, formada no Núcleo Experimental de Artes Cênicas do SESI/SP e atualmente em processo de formação na técnica de educação somática Body Mind Movement. Participou do intensivo de formação e criação nos estudos do corpo e do movimento no Centro em Movimento e fez parte do Programa Avançado de Criação nas Artes Performativas do Fórum Dança; ambos em Lisboa/PT. Atualmente buscando voos solo, agindo em colaboração na pesquisa de outros artistas e buscando ativar a criação de contextos-laboratórios-aulas para a pesquisa coletiva de corpo, movimento, percepção e política.
Este projeto foi realizado com o apoio do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura.
Ab-reação - Ultra Martini
Ab-reação significa expurgação, libertação de sentimentos reprimidos, limpeza, depuração de traumas. Com o formato quase show, quase performance, quase teatro, Ultra se joga no universo do exagero adolescente, da imaturidade, do tragicômico para levantar questões sobre amor,rejeição e maternidade.
duração: 30 min
MINIBIO
Ultra Martini é formade em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília. É ator, diretora, humorista e compositora. Duas vezes ganhadora do prêmio de melhor atriz no festival FESTU (Festival de Teatro Universitário do Rio de Janeiro), Além de ter sido indicada três vezes consecutivas ao prêmio Sesc de Melhor Atriz, com “Entre-quartos”(2016), “Copo de Leite” (2017) e “Stanisloves-me” (2018). Fez direção Musical do espetáculo “Decadenta” (2016) - Dirigido por Felícia Johansson. Fez assistência de direção e trabalhou como ator no espetáculo “estrada sem mapa” (2019) direção Silvero Pereira, realizado pelo Espaço Cultural Renato Russo.
Carne crua - Raimundo Renan
O trabalho com os atores nus e o ator dançando Justify my love ( Madonna) em cima de uma mesa, enquanto a atriz desenha em suas nádegas. Em seguida ela introduz uma vela no anus do ator, acende e convida a platéia a cantarem juntos os parabéns do "viado". Este ganha ovos da atriz, os osvos estão recheados de um pó colorido, que serão entregues à platéia, A mesma será convidada a acertar o ator enquanto este estiver de quatro fugindo das ovadas que ao explodirem liberam pó colorido. logo após ele limpa
toda a sujeira com o próprio corpo ao som de Antony e the Johnsons na canção "For today i am a boy."
duração: 16 min
MINIBIO
Eu quero correr nua em em uma tempestade, não tenho medo de quem você é! Pobre é o homem cujo prazer depende da permissão dos outros (Madonna) .
É pra isso que nos despimos e questionamos os paradigmas que a sociedade impõe em nós LGBTQIA+ . Somos livres, podemos voar! Até onde vai o seu amor por mim? Consegue enxergar além da carne? São com essas provocações que os performances Marina Bragion e Raimundo Renan trazem na performance carne crua. Um trabalho que teve como elemento base o "Manifesto contrassexual : Práticas subversivas de identidade
sexual". Atire o primeiro ovo quem não tiver pecado!
Odiar os artistas:ensaio 3 - Renan Marcondes
"Odiar os artistas" é um texto em formato de reza, coro ou mantra que Renan escreve e experimenta desde 2019. Busca condensar nele o ódio que artistas recebem, mas também o ódio que sentem (ou são forçados a sentir). Por ser um trabalho sem
financiamento, estão sendo realizados pequenos ensaios pontuais em vídeo ou performance, tendo o texto como base. Para esse terceiro ensaio a partir de um fragmento do texto, o artista usa pequenas flanelas para limpar o espaço e, se possível, o público, tornando o trabalho repetitivo e o acúmulo de sujeira os principais elementos visuais.
duração: 20 min
MINIBIO
Renan Marcondes é artista e pesquisador representado pela OMA galeria. Doutor em Artes pela ECA USP com pesquisa sobre performatividade e ausência. Seu trabalho artístico, situado entre as artes cênicas e visuais, toca em situações de passividade, inércia e impotência do corpo. Diretor e fundador do Pérfida Iguana. +infos:renanmarcondes.com perfidaiguana.com
Este projeto foi realizado com o apoio do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura.